20 de abril de 2011

Oportunidades e escolhas



A todo momento em nossas vidas fazemos escolhas, eis a dádiva ou a fatalidade do livre arbítrio. Ao longo da caminhada da vida pude perceber que a todo momento ganhamos e perdemos coisas, pessoas e  sentimentos.

Cada perda e cada ganho depende única e exclusivamente de nossas escolhas, não há culpados, por mais que desejemos rotular uma infelicidade como culpa “da vida”, “das “circunstâncias”, “da criação que se teve ou dos pais”, “do marido ou esposa”, “da má sorte” ou "puramente do destino".  O único responsável por aquilo que vamos ganhar ou perder neste momento de nossa vida, somos nós mesmos.

Há aqueles que respaldam  suas glórias e insucessos meramente ao destino, como se fosse ele  o manipulador de sua felicidade ou infelicidade, um ledo engano, pois o nosso próprio destino somos nós mesmos quem determinamos através de nossas escolhas.

De certa forma, temos que estar abertos para as oportunidades para poder percebe-lás e incorporá-las na nossa vida. A filosofia de vida oriental da qual sou adepta diz:

“O Deus da oportunidade só tem cabelos na frente”

E acredito plenamente nisso! De fato uma oportunidade não retorna novamente em nossa vida, ela simplesmente passa e temos que estar preparados emocionalmente para enxergá-la e principalmente para assumir os riscos que as mudanças trazem para nossa vida! Não haverá nunca felicidade plena, não haverá nunca no espaço ao nosso redor a perfeição, mas é possível com maturidade, discernimento e principalmente auto-conhecimento reconhecermos aquilo que queremos ou não para nossa vida, aqulio que nos é essencial e indispesável.

Assim a aprtir deste prisma nos orientarmos no sentido do que desejamos. Essas atitudes são facilitadoras no momento em que as novas oportunidades surgem na nossa vida, munidos desta consciência se torna possível reconhecer uma oportunidade e agarrá-la.

Se não houver tal preparo da consciência, duas coisas podem acontecer;  deixar a oportunidade passar por não reconhece-la;  ou pior ainda reconhece-las - mas não ter a coragem de assumi-la -  por falta de sabedoria para comprar os riscos que advém da oportunidade.

Mudança assusta, como dizem os psicólogos existe uma tendência natural dos seres humanos de desejarem manter-se em sua zona de conforto, aquele território já conhecido que transmite uma pseudo-segurança. Se não ultrapassar esta barreira interna, não adianta se lamentar, não adianta acreditar que a culpa é da vida apenas.

Optar pela  escolha de que tudo que nos aborrece é destino ou imutável,  é com certeza, a garantia de uma vida triste e amarga, com sabor de tudo aquilo que se  perdeu e que deixou de ter, mas vale ressaltar que isto é uma opção, que se faz quando  se  deixa passar as oportunidades que surgiram em seu caminho ao longo da vida.

Deus tenta nos dar lições e cada oportunidade que surge em nossa vida é uma dessas lições. Quando a lição é aprendida avançamos na escola da vida, quando não, ficamos empacados na dor, no sofrimento, na amargura daquilo que poderia ter sido diferente e não foi por que não se teve coragem de agir... 

Ambas as situações são muito tristes, por que boas oportunidade são verdadeiros tesouros que nos são dados por Deus como um bálsamo, para alegrar a vida e  agregar valores em nossa existência humana e desatentos talvez   percamos de vista o precioso presente. Estando imaturos podemos desperdiçar tudo.
Já atentos e despertos podemos construir nossa história com prazer e alegria dos ganhos e das perdas que toda boa oportunidade carrega.

Não há neste plano em que habitamos a felicidade plena, mas há a chance da escolha de termos ou não por meio das oportunidades que nos surgem aquilo que julgamos indispensável a nossa vida e que compõe a nossa alma trazendo a veradedeira felicidade.