16 de fevereiro de 2011

O salário mínimo e a Constituição Federal

 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil,  em seu texto  de abertura, o do Título I - Princípios Fundamentais, afirma que o Brasil  constitui-se como um Estado democrático de direito e entre seus fundamentos estaria  no inciso II e III a cidadania e a dignidade da pessoa humana. Já em seu artigo 3º afirma que entre os objetivos fundamentais  da República Federativa do Brasil estão;
 
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária,
II- Garantir o desenvolvimento nacional,
III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades  sociais e regionais,

E assim prossegue a nossa Constituição Federal Brasileira, no seu Capítulo II dos Direitos Sociais - No artigo 6º em que  são direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na foram da constituição.

Pois bem, o mais interessante e  na minha opinião  o mais poético dos artigos se encontra no artigo 7º Inciso IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e as de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.

Que maravilha! Eu pergunto aos leitores, isto no Brasil existe  na prática? Além do papel? Alguém de fato acredita que é possível se obter tudo isso, com o valor fixado em R$ 545 ? 
 
Valor este que está sendo votado na tarde de hoje 16/02/2011, pela Câmara dos Deputados?
Até onde se sabe, três propostas foram colocadas em análise. Além do Projeto de Lei do governo, que propõe um mínimo de R$ 545, será apreciada uma emenda que aumenta este valor para R$ 560 e outra para R$ 600. E a crítica aqui não se restringe ao debate do provável em que se fixe o salário mínimo que é R$ 545, pois nem ao menos os demais valores, seriam passíveis de suprir toda a necessidade proposta na constituição, por isso, afirmo com convicção que realmente não passa de mera poesia tal artigo constitucional. 
 
Em entrevistas na mídia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que   não há espaço fiscal para conceder um reajuste maior do que R$ 545 em função da despesa orçamentária e por questões inflacionárias.

Em contrapartida, a realidade do salário mínimo brasileiro  se opõe drásticamente ao que lhe é proposto assegurar pela Constituição Federal e  uma recente pesquisa do Dieese -  (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), revela que isto é fato concreto,pois de acordo com o órgão, o  salário mínimo, para que pudesse arcar  com as despesas básicas do brasileiro, teria que ser  no valor de R$ 2.194,76 em janeiro deste ano.
O estudo ainda aponta, que  seria  necessário um ajuste de 4,06 vezes mais que o valor atual, na divulgação dos resultados o órgão informou para a imprensa, que na pesquisa foi considerado o pressuposto na Constituição Federal, de que trato no início do texto.
O Dieese divulgou também que o gasto familiar foi analisado, para uma família de dois adultos e duas crianças.

No meu ver tal pesquisa reafirma a teoria de que baseado em nossa realidade, o Governo brasileiro  está mesmo muito distante de colocar na prática o valor para o qual seria realmente plausível tornar realidade o artigo 7º Inciso IV.

Portanto já que tal artigo,  imprescindível para dignidade da pessoa humana não é possível ser colocado em prática no país, acho que  nosso Governo continua com um imenso desafio em suas mãos, atentar-se para cada área, para cada Ministério que envolva os demais preceitos ligados a moradia, segurança pública, educação, lazer e saúde principalmente.

Áreas todas essas que nós brasileiros de carteirinha, sabemos estarem defasadas, não suprindo suas demandas. Basta olhar para SUS, basta olhar para a política de Habitação no Brasil e as atuais declarações da Defesa Civil,assumindo publicamente uma "defasagem" que impactou profundamente na recente questão dos deslizamentos em função de ocupação irregular. Enfim basta olhar ao redor...para constatar que a Constituição Federal é de fato muito poética.

14 de fevereiro de 2011

O Encantador e o seu DESEncanto

Poema do desencanto 
Por Daniela V Figueiró

Qual o intuito do DESEncanto?

Porque depois de tanto empenho em construir o brilho , fizeste tudo ao contrário? Desfazendo nitidamente o encantamento da sua própria alma? Sua alma, parecia uma alma sensível, mas não era - você a pegou emprestada num súbito momento de euforia para criar o falso encantamento, tomou-a da ocasião e usou  uma sensibilidade que não era  sua, a pegou emprestada, se disfarçou e a utilizou em  seu encanto... mas a sensibilidade que estava  em ti, estava apenas de  passagem  por que na essência não era verdadeiramente sua e o espectador empolgado, meio sem folêgo com a velocidade dos fatos  e cego com todo o brilho, não notou que, "aquele você  não era real". Porém, com o passar do tempo,  suas máscaras foram desnudadas através de  seus próprios atos,  atos com uma peculiar crueldade, para com o  encantado!

A encenação acabou e quando acenderam  as luzes, com o fim do  espetáculo  aquele que se achava encantado por completo, enfim percebeu que agora definitivamente desencantou...

8 de fevereiro de 2011

Como Amar com Consciência e se Relacionar Sem Medo

O teste de fogo da verdade 

 

*Autor - Osho, em "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência e se Relacionar Sem Medo"

Nenhum relacionamento pode crescer se você continuar evitando se expor. Se você continuar sendo astuto, erguendo salvaguardas, se protegendo, só as personalidades se encontrarão e os centros essenciais continuarão sozinhos. Só a sua máscara estará se relacionando, não você.

Sempre que algo assim acontece, existem quatro pessoas no relacionamento, não duas. Duas pessoas falsas continuam se encontrando, e duas pessoas verdadeiras continuam separadas uma da outra.

Existe um risco. Se você for verdadeiro, ninguém sabe se esse relacionamento será capaz de compreender a verdade, a autenticidade; se esse relacionamento será forte o suficiente para vencer a tempestade. Existe um risco, e, por causa dele, as pessoas continuam se protegendo.

Elas dizem o que deve ser dito, fazem o que deve ser feito. O amor se torna algo como um dever. Mas assim a realidade continua faminta, e a essência não é alimentada, e vai ficando cada vez mais triste.

As mentiras da personalidade são um fardo muito pesado para a essência, para a alma. O risco é real, e não existem garantias, mas eu lhe digo que o risco vale a pena.

No máximo, o relacionamento pode acabar. Mas é melhor se separar e ser verdadeiro do que ser falso e viver com outra pessoa, pois esse relacionamento nunca será gratificante. As bênçãos nunca recairão sobre vocês. Você continuará faminto e sedento, e você continuará se arrastando pela vida, só esperando que algum milagre aconteça.

Para que o milagre aconteça, você precisa fazer alguma coisa: comece sendo verdadeiro, com risco de que o relacionamento não possa ser forte o bastante para resistir a isso. A verdade pode ser dura demais, insuportável, mas nesse caso o relacionamento não vale a pena. Por isso é preciso passar pelo teste.

Depois que for verdadeiro, todo o restante se torna possível. Se você for falso — só uma fachada, uma coisa artificial, um rosto, uma máscara — nada é possível. Porque com o falso, só o falso acontece; com o verdadeiro, só a verdade.

Eu entendo o seu problema. Esse é o problema de todos os casais: eles têm medo dessa atitude de ir mais fundo. Eles vivem perguntando se esse relacionamento será forte o bastante para suportar a verdade. Mas como você vai saber de antemão? Não há como saber. A pessoa precisa fazer para saber.

Como você vai saber, sentado na sua casa, se conseguirá vencer a tormenta e o vento lá fora? Você nunca esteve numa tormenta. Vá e veja. Tentativa e erro é a única maneira — vá e veja. Talvez você seja derrotado, mas até nessa derrota você se tornará mais forte do que é agora.

Se uma experiência derrota você, depois outra e outra, pouco a pouco a própria vivência da tempestade vai tornando você mais forte. Chega um dia em que você simplesmente começa a se deliciar com a tempestade, você simplesmente começa a dançar na tempestade. Então ela deixa de ser sua inimiga. Isso também é uma oportunidade — uma oportunidade delirante — para ser.

Lembre-se, o ser nunca acontece de modo confortável; do contrário aconteceria a todos. Ele não pode acontecer de modo conveniente; de outro modo todo mundo teria o seu próprio ser autêntico sem nenhum problema. O ser só acontece quando você assume riscos, quando você enfrenta o perigo. E o amor é o maior perigo que existe. Ele exige você totalmente.

Portanto não tenha medo, mergulhe de cabeça. Se o relacionamento sobreviver à verdade, será maravilhoso. Se ele perecer, isso também é bom, porque um relacionamento falso chegou ao fim, e agora você poderá iniciar outro — mais verdadeiro, mais sólido, mais relacionado à essência.


7 de fevereiro de 2011

Frase da semana

"Um Amigo se faz rapidamente; já a amizade é um fruto que amadurece lentamente."
Aristóteles

2 de fevereiro de 2011

Benefícios da caminhada ao ar livre



A caminhada é de longe o exercício mais fácil de se praticar, pois pode ser iniciada aos poucos, cada um ao seu ritmo,  leve,  moderado e depois intenso. A escolha após o período de adaptação, fica ao gosto do praticante, há àqueles que preferem praticar o tão conhecido exercício nas esteiras das academias de ginástica por motivos de segurança ou até mera  preferência pessoal, mas quero destacar aqui os benefícios da caminhada ao ar livre. 
 
Essa prática pode ser bem indicada para quem deseja acalmar a mente, ao respirar profundamente a cada passo e observar o ambiente ao seu redor uma grande calma vai tomando conta dos sentidos, os pensamentos  vão se organizando como num armário em que vamos arrumando as coisas e deixando com um visual mais leve. Ficamos assim, mais leves após uma longa caminhada ao ar livre, são árvores, o céu, o vento, etc... e assim nossa mente vai se distraindo e se recompondo do estres do dia dia. Aqui o exercício não é com a função de queimar calorias (ainda que isso ocorra naturalmente), mas o intuito da caminhada ao ar livre é literalmente relaxar. E isso de fato ocorre, em uma  pesquisa feita pela Universidade de Essex, no Reino Unido foram comparados dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades e que praticavam e não praticavam atividades ao ar livre e naquelas que habitualmente praticam  foram constatados  efeitos positivos significantes  em relação ao aumento do humor e à autoestima dos participantes.

Já no Brasil, de acordo com um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto 40 minutos de caminhada é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática , o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão. Resultado: relaxamento físico e mental comprovado, o relaxamento ocorre pois durante a prática de atividades física o nosso corpo produz o chamado hormônio endorfina que é produzido pela hipófise e nos transmite a sensação de bem estar e relaxamento, sendo portanto indicada por diversos profissionais da saúde no combate a depressão.
Também considerada como a prática mais segura entre a gama de exercícios aeróbicos, do ponto de vista cardiovascular e ortopédico, devido seu baixo impacto para as articulações, porém isso não a desmerece em termos de eficácia e na lista das atividades aeróbicas não perde nada para os benefícios da corrida, do ciclismo ou da natação. A cada uma hora caminhando é gasto pelo corpo aproximadamente 280 calorias.

Sendo assim fica aqui a dica saudável acalme a  sua mente e tonifique o  seu corpo por meio de uma agradável caminhada diária ao ar livre.