19 de junho de 2009

Agora é oficial STF derruba exigência de diploma de jornalismo

Supremo Tribunal Federal – STF – derrubou, nesta quarta-feira, a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, por oito votos a um, atendendo ao pedido do Sindicato das Empresas Jornalísticas e do Ministério Público Federal.


Tem um ditado pessimista que diz que "não há nada que não possa piorar..." E posso dizer que mesmo buscando sempre uma alternativa na visão positiva da vida , esse ditado contrário, não deixa de ter sua razão.


Hoje por exemplo, eu poderia dormir sem essa: STF põe fim ao diploma de jornalista! Ótimo, o que já não era bom ficou pior... Aquilo que nunca foi reconhecido e nunca teve valor perante o mercado de trabalho acaba de ser reduzido a nada. Não que eu esteja aqui desmerecendo grandes nomes que não tiveram formação acadêmica - não, não é esse meu enfoque - é apenas um triste desabafo de uma jornalista graduada, diga-se de passagem, há 10 anos, que vê num passe de mágica a validade de seu diploma ser desfeita pelo Supremo Tribunal Federal...


É de doer não somente em mim, mas em todos aqueles que como eu lutaram e lutam até hoje por um lugar digno nessa profissão, que em diversos momentos da história vem sendo distorcida. Achismnos como, " basta saber escrever bem, ou ser extrovertido, é só gostar de ler ou você tem um rosto bonito poderia ser jornalista na televisão.... bem e por ai vai.. teorias que dóem aos ouvidos de quem se preparou, pois sabemos que ser jornalista não se resume a algo tão simplista assim!


Dói para quem estudou e gastou, gastou tempo em horas de estudo e dedicação, dinheiro com a mensalidade e mais gastou por muitos anos energia para procurar um trabalho na área com devido reconhecimento.


É com grande tristeza que hoje me deito tendo que engolir goela abaixo o retrocesso que engloba essa decisão do Supremo. É um descaso, um desmerecimento do profissional jornalista. Então sejamos todos agora entendedores de tudo, abaixo aos diplomas, não é mais necessário especificar-se em nada, basta querer exercer e vamos lá.
Vale lembrar, que em hipótese alguma estou desmerecendo as pessoas auto-didatas, ou mesmo aquelas que não possuem curso superior, mas sim que simplemente excluir do mapa uma graduação que já era exigida, isso sim é o que acho um absurdo inadimissível.


Se não precisa de diploma para ser jornalista, então vamos radicalizar: Quem precisa de direito para ser advogado? Basta então falar bem, escrever bem ter facilidade de entendimento e talvez ler alguns livros de doutrina ou frequentar um curso básico de direito?


Estou há um ano estudando pra o TRT já cursei dois semestres de matérias preparatórias de direito e tenho facilidade de entendimento e por isso eu podeira me intitular advogada?


E por falar em direito, segundo aos que votaram a favor da queda do diploma a justificativa estaria na Constituição "a decisão foi em prol da liberdade de expressão" . Colocações absurdas para não dizer outra coisa foram feitas no âmbito da defesa para reduzir a profissão de jornalista, frases como as seguintes pérolas fizeram parte do rol de comparações para tentar se justificar o injustificável: “O jornalismo não depende de verdades científicas ensinadas nas universidades”, afirmou determinado ministro" ou "são bem sucedidas várias proprietárias de jornais, sem possuírem formação superior em jornalismo", dita por uma advogada, de empresas jornalísticas que ansiavam pela queda do diploma.


Perdem os estudantes que estão em curso na faculdade ao terem essa notícia bombástica, que na minha opinião se traduz em "seus diplomas não valerão mais nada daqui apara frente". Perderão em qualidade os leitores, mas é claro que alguém deve ganhar nessa história toda e não preciso nem dizer quem, pois afinal, se assim não o fosse, essa decisão não seria tomada com tanta unanimidade


Desculpem mas não dava para dormir com essa totalmente a seco... tinha que falar, ou melhor tinha que escrever, ainda que ninguém leia , ainda que ninguém concorde... aqui fica meu desabafo e meu desgosto com tanta coisa que vejo de errada nesse Brasil e agora mais essa... sem mais comentários para o momento!


8 de junho de 2009

Pra Refletir


Há Momentos

Clarice Lispector


Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser.


Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.


As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram.


Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.


Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.


A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.




7 de junho de 2009

Jornalismo x sensacionalismo

Todos que visitam meu Blog de cara descobrem minha profissão, já deixei explícito inúmeras vezes que sou jornalista. Mas confesso que muitas vezes me sinto triste com a maneira que essa profissão é exercida no mundo afora.


Logo que começamos a faculdade uma das coisas primordiais que aprendemos é que o jornalismo é um aliado do sensacionalismo: Sensacional, espetacular, aquilo que choca!
Infelizmente desde muito cedo os estudantes de jornalismo logo percebem que aquilo que “choca” o público é o ruim.


Não se sabe ao certo o porque mas notícias sobre tragédias vendem mais do que notícias sobre coisas boas, o “ruim” prevalece nas páginas dos jornais e na televisão.
Ao mudar um canal ou ao virar uma página topamos quer queira, quer não com tragédias sem fim e com a perpetuação delas por dias, semanas e meses a fio. Sem dó nem piedade dos envolvidos a mídia faz seu papel: coloca a venda o sensacional, vidas são expostas, dores não são respeitadas e aqueles que não concordam com isso são obrigados a engolir ou a simplesmente a se tornar alienado por opção, ainda que temporariamente apenas para poder parar de respirar tragédias. Às vezes faço isso por opção me desligo alguns dias (ou pelo menos tento) para me desconectar do trágico.


Em fases revoltas cheguei a fazer isso por meses, mas como não posso virar um eremita, logo forçosamente sou obrigada a voltar para o mundo real.



Morte de famosos, casos de polícia, tragédias em geral e principalmente um grande destaque dentre elas aos acidentes de avião como o mais recente do vôo AF 447 são mastigados nos noticiários constantemente. Se a mídia esmiúça tanto, dá tantos detalhes, por vezes desnecessários principalmente para aqueles que estão sofrendo com a dor da perda. É por que alguém, na verdade um grande número de pessoas, vê, lê e assisti avidamente esse tipo de notícia se assim não o fosse não seria essa a receita do “vender mais no mundo da notícia”.


Perguntas inoportunas, detalhes exaustivos de tragédias avassaladoras se tornaram tão comum que ninguém mais se choca e por isso o avanço na perda dos limites em noticiários e jornais aumenta cada vez mais. José Nello Marques no livro - Perguntar Ofende - Perguntas cretinas que os jornalistas não devem fazer mas fazem! Trás algumas pérolas, situações em que um repórter cumprindo sua “função” perde completamente a noção de humanidade ou podemos dizer do perigo? Talvez de inteligência mesmo...


Marques cita o caso de um avião que caiu em Paris e tornou famoso seu comandante por ter sobrevivido, após semanas internado se recuperando física e emocionalmente ao sair do hospital foi recebido por um repórter com a seguinte indagação: “ O senhor esperava por essa tragédia comandante?”
Bem - não tenho palavras - para definir tamanha sensibilidade e inteligência ou aqui podemos chamar de despreparo?


Não sei, o fato é que o “sensacionalismo” tem dessas!
E mesmo sendo uma profissional do ramo, discordo de muita coisa e principalmente dessa mastigação que se faz de um tema trágico até seu esgotamento total. E temos que engolir a seco ou como eu nos alienarmos temporariamente para não ouvir tanta besteira e não compactuar com a intensificação da tragédia e da dor dos seus envolvidos.


Quisera eu que o conceito de “sensacional” pudesse ser outro, e que tragédias não fossem vistas como algo tão sensacional assim!

2 de junho de 2009

Poliamor - Amando mais que uma pessoa ao mesmo tempo



Símbolo do Movimento Poliamor



Você seria capaz de amar duas ou três, isto é mais que uma pessoa ao mesmo tempo?



Imagine um mundo onde ter mais que um namorado (a) ou companheiro (a) seja literalmente permitido, sem olhares de repulsa ou condenação por parte da sociedade? Onde seja possível ter vários relacionamentos de maneira respeitosa, amando sendo amado e fazendo amor... Com aqueles amorosamente eleitos por seu coração?



Saiba que essa conversa não é algo irreal ou somente obra de uma imaginação criativa. Num universo paralelo ao dos sentimentos de posse, ciúmes e de tantos outros, assim como da tradicional monogamia, isto é uma realidade para os poliamoristas.



Polyamore, em inglês tem seu termo original da - junção de poly (do grego, que significa muitos), e amor (do latim). Resultando em: “Muitos amores”, essa é a definição dessa filosofia, que teve origem há 20 anos nos Estados Unidos. Seu conceito é definido como uma forma natural de "desenvolver diversas relações amorosas com vários parceiros ao mesmo tempo".



A modalidade não se confunde com o termo - relacionamento aberto – pois este está direcionado a liberdade de se manter relações sexuais extra - conjugais com o consentimento do parceiro.



No caso do Poliamor, o buraco é mais em baixo ou em cima, vai saber. Mas o fato é que é bem diferente da relação "aberta", cuja conotação sexual é a base principal, envolvendo transar com quem quiser, desde que não se envolva emocionalmente.



No Poliamor, ocorre justamente o oposto, a idéia é amar e ser amado por várias pessoas, seguindo o impulso natural do ser humano, sem se limitar às convenções sociais da monogamia. Aqui o envolvimento emocional não só é permitido como é um pré - requisito dessa corrente filosófica.



Nesse caso, não se trata de trair ou ter um alvará para ir para cama com quem desejar.

Não, segundo os poliamoristas, não é nada disso! O Poliamor perpassa por uma abertura emocional, que dá margem ao amor conjugal por diversos parceiros diferentes, assim como ocorre nas amizades (lembrando é claro - risos – que amigos não fazem sexo), mas só para ilustrar a questão da quantidade, pois é óbvio que em nossa vida amamos mais que um amigo e o amor por um não exclui o do outro, aqui na amizade isso é considerado absolutamente natural, e é exatamente essa a proposta da filosofia poliamorista. Para eles, é assim que deve ser também no campo do relacionamento amoroso conjugal. Tudo free, sem ciúmes, sem cobranças, sem possessividade, sem máscaras, mediante a franqueza e a verdade, requisito, aliás também necessários para os adeptos.



A filosofia é polêmica, por um lado é dita promíscua pelos mais conservadores é de outro, vista como compreensível, principalmente do ponto de vista da psicologia.

Para a psicóloga Noely Montes Moraes, “a própria biologia e a genética humana, não confirmam a monogamia como padrão dominante nas espécies, incluindo a humana. E apesar de não ser uma realidade bem recebida por grande parte da sociedade ocidental o fato é que o ser humano é capaz de amar mais que uma ao mesmo tempo”.



Os preceitos do Poliamor:



Na versão atualizada do livro "A Cama na Varanda - Arejando nossas Idéias a Respeito de Amor e Sexo", a terapeuta e sexóloga Regina Navarro Lins, afirma que o que é visto hoje, para muitos como inconcebível no futuro pode se tornar natural. E arrisca dizendo: “Antigamente há 50 anos atrás quem conceberia com bons olhos a separação conjugal, principalmente por parte da mulher? E hoje é completamente aceitável”.



Bem modernismo além da conta ou relacionamento do futuro, não se sabe ao certo, mas para os curiosos de plantão, os mandamentos do Poliamor de acordo com a terapeuta Regina:



- A sua filosofia nada mais é do que a aceitação direta e a celebração da realidade da natureza humana (já que não acham a monogamia natural).

- O sexo não é inimigo; os reais inimigos são a traição e a quebra de confiança resultante da tentativa de reprimir o ser natural em um sistema rígido e antinatural.

- Sexo é uma força positiva, se aplicada com honestidade, responsabilidade e verdade.

- O amor é um recurso infinito, e não finito. Ninguém duvida que se possa amar mais de um filho. Isso também se aplica aos amigos - quando se conhece um novo amigo, não é preciso descartar um anterior.

- O ciúme não é inato, inevitável e impossível de superar. Por isso apostam em uma expressão, que não tem tradução em português: compersion (algo como "comprazer"). É um sentimento de contentamento que advém do fato de saber que uma pessoa que se ama é amada por mais alguém.

- Os poliamoristas acreditam em um investimento emocional de longo prazo nos relacionamentos (não em aventuras descompromissadas).

O cantor Belo de 35 anos vai ser vovô

As gafes de Ana Maria só não causam mais estrago graças a um papagaio

Assista a peça 'Chapeuzinho Vermelho' com convites do Bem Paraná


1 de junho de 2009

Frase da Semana

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível."

Mahatma Gandhi