2 de junho de 2009

Poliamor - Amando mais que uma pessoa ao mesmo tempo



Símbolo do Movimento Poliamor



Você seria capaz de amar duas ou três, isto é mais que uma pessoa ao mesmo tempo?



Imagine um mundo onde ter mais que um namorado (a) ou companheiro (a) seja literalmente permitido, sem olhares de repulsa ou condenação por parte da sociedade? Onde seja possível ter vários relacionamentos de maneira respeitosa, amando sendo amado e fazendo amor... Com aqueles amorosamente eleitos por seu coração?



Saiba que essa conversa não é algo irreal ou somente obra de uma imaginação criativa. Num universo paralelo ao dos sentimentos de posse, ciúmes e de tantos outros, assim como da tradicional monogamia, isto é uma realidade para os poliamoristas.



Polyamore, em inglês tem seu termo original da - junção de poly (do grego, que significa muitos), e amor (do latim). Resultando em: “Muitos amores”, essa é a definição dessa filosofia, que teve origem há 20 anos nos Estados Unidos. Seu conceito é definido como uma forma natural de "desenvolver diversas relações amorosas com vários parceiros ao mesmo tempo".



A modalidade não se confunde com o termo - relacionamento aberto – pois este está direcionado a liberdade de se manter relações sexuais extra - conjugais com o consentimento do parceiro.



No caso do Poliamor, o buraco é mais em baixo ou em cima, vai saber. Mas o fato é que é bem diferente da relação "aberta", cuja conotação sexual é a base principal, envolvendo transar com quem quiser, desde que não se envolva emocionalmente.



No Poliamor, ocorre justamente o oposto, a idéia é amar e ser amado por várias pessoas, seguindo o impulso natural do ser humano, sem se limitar às convenções sociais da monogamia. Aqui o envolvimento emocional não só é permitido como é um pré - requisito dessa corrente filosófica.



Nesse caso, não se trata de trair ou ter um alvará para ir para cama com quem desejar.

Não, segundo os poliamoristas, não é nada disso! O Poliamor perpassa por uma abertura emocional, que dá margem ao amor conjugal por diversos parceiros diferentes, assim como ocorre nas amizades (lembrando é claro - risos – que amigos não fazem sexo), mas só para ilustrar a questão da quantidade, pois é óbvio que em nossa vida amamos mais que um amigo e o amor por um não exclui o do outro, aqui na amizade isso é considerado absolutamente natural, e é exatamente essa a proposta da filosofia poliamorista. Para eles, é assim que deve ser também no campo do relacionamento amoroso conjugal. Tudo free, sem ciúmes, sem cobranças, sem possessividade, sem máscaras, mediante a franqueza e a verdade, requisito, aliás também necessários para os adeptos.



A filosofia é polêmica, por um lado é dita promíscua pelos mais conservadores é de outro, vista como compreensível, principalmente do ponto de vista da psicologia.

Para a psicóloga Noely Montes Moraes, “a própria biologia e a genética humana, não confirmam a monogamia como padrão dominante nas espécies, incluindo a humana. E apesar de não ser uma realidade bem recebida por grande parte da sociedade ocidental o fato é que o ser humano é capaz de amar mais que uma ao mesmo tempo”.



Os preceitos do Poliamor:



Na versão atualizada do livro "A Cama na Varanda - Arejando nossas Idéias a Respeito de Amor e Sexo", a terapeuta e sexóloga Regina Navarro Lins, afirma que o que é visto hoje, para muitos como inconcebível no futuro pode se tornar natural. E arrisca dizendo: “Antigamente há 50 anos atrás quem conceberia com bons olhos a separação conjugal, principalmente por parte da mulher? E hoje é completamente aceitável”.



Bem modernismo além da conta ou relacionamento do futuro, não se sabe ao certo, mas para os curiosos de plantão, os mandamentos do Poliamor de acordo com a terapeuta Regina:



- A sua filosofia nada mais é do que a aceitação direta e a celebração da realidade da natureza humana (já que não acham a monogamia natural).

- O sexo não é inimigo; os reais inimigos são a traição e a quebra de confiança resultante da tentativa de reprimir o ser natural em um sistema rígido e antinatural.

- Sexo é uma força positiva, se aplicada com honestidade, responsabilidade e verdade.

- O amor é um recurso infinito, e não finito. Ninguém duvida que se possa amar mais de um filho. Isso também se aplica aos amigos - quando se conhece um novo amigo, não é preciso descartar um anterior.

- O ciúme não é inato, inevitável e impossível de superar. Por isso apostam em uma expressão, que não tem tradução em português: compersion (algo como "comprazer"). É um sentimento de contentamento que advém do fato de saber que uma pessoa que se ama é amada por mais alguém.

- Os poliamoristas acreditam em um investimento emocional de longo prazo nos relacionamentos (não em aventuras descompromissadas).

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