11 de abril de 2021

7 de abril Dia do Jornalista



Eu me lembro como se fosse ontem quando meu querido pai, me deu de presente meu primeiro gravador, uma ferramenta de trabalho na época super cobiçada por mim e extremamente útil e indispensável para o trabalho de uma jornalista, foi uma alegria tão grande! Que delícia de memória afetiva, e lá estava eu treinando com meu gravador pequeno e eficaz de última geração, pensando nas inúmeras entrevistas que eu poderia fazer e transcrever.
Os tempos mudaram, quem tem uma experiência um pouco mais avançada (como eu) sem aparentar fisicamente, é claro! Sabe do que eu estou falando. Hoje nada que uma gravação num áudio do what´s não faça a mesma função, mas eu diria de modo saudosista, que com um pouco menos magia.
E hoje cá estamos nós, totalmente tecnológicos vivendo num mundo, em que na nossa infância parecia se resumir meramente a um delicioso desenho dos Jetsons.
Conectados, repletos de bagagem, vividas, viajadas, contadas, transcritas, ensinadas também. Ser jornalista como eu já disse é
" uma essência da alma e ela nunca morre"! Obrigada pai por ter me proporcionado todo este ganho, que foi minha faculdade.
Obrigada a vida pelas experiências vividas como jornalista e obrigada a essa essência que nunca, jamais irá morrer. Uma singela homenagem aos amigos e colegas jornalistas . Um grande abraço. Danni


 

6 de janeiro de 2020

O tempo que passou inspirado nas memórias afetivas que me trazem a canção : Astronauta de Mármore - Nenhum de Nós



Astronauta de  Mármore

Nenhum  de nós 

Uma canção maravilhosa que me faz voltar no tempo. 


Tempo em que eu era uma criança, tempo em que aventura era tocar a campainha das casas vizinhas e sair correndo. Tempo que que brincar era na rua e em que conversar com os amigos era na calçada de casa.

Tempo em que os abraços eram mais comuns e mais fortes também. Tempo em que as pessoas te visitavam para um café da tarde, sem pressa. Tempo em que no dia do seu aniversário seus amigos e familiares iam te dar os parabéns pessoalmente.

Tempo em que para telefonar usávamos o orelhão, juntávamos moedas pra comprar as tão almejadas fichas telefônicas. E quem disse que era fácil? Enfrentávamos fila, sempre tinha alguém na nossa frente, ou atrás de nós escutando a conversa. Neste mesmo tempo também juntávamos dinheiro para comprar filme da extinta Kodak pra colocarmos em nossas máquinas fotográficas e tirar fotos. Era uma ostentação poder comprar um filme de 36 poses e tínhamos que aguardar literalmente ansiosos para a "revelação" do filme, das fotos que levavam dias. Tempo em que o ensino na escola pública era algo natural, e em que tínhamos lá: ótima qualidade de ensino, merenda saborosa, amigos desinteressados, salgadinho da feira, apelidos divertidos.

Ah esse tempo bom, tão bom que carrego comigo em minhas memórias afetivas, com grande sabor e carinho. Parece que foi ontem, mas também parece que estou falando de um outro mundo ou de um filme de ficção. Um mundo que não existe mais e que dá a impressão hoje que nunca existiu. Mas sim, foi tudo real, adorável e inesquecível.

Um mundo que se estreitou e esfriou com a chegada das novas tecnologias.


Um mundo em que só quem viveu pode saber a diferença entre pesquisar seus trabalhos de escola na biblioteca ou na enciclopédia , comparado a buscar no Google.


Só quem viveu pra lembrar do cheiro do mimiógrafo na sala de aula e de escrever seu trabalho todo na folha de papel almaço e sendo muito chique colocando uma de sulfite na capa.


Ah, que saudades, que vontade de voltar no tempo e reviver tudo isso por alguns instantes.


Nestes momentos saudosos, busco em minha memória as marcas saudáveis dessa infância de uma geração que foi única e inconfundível e intensamente feliz !



https://www.youtube.com/watch?v=8rFXLeDTWys

31 de outubro de 2019

Ator e Diretor Jorge Fernando sai de cena




Jorge Fernando (64), diretor  e ator da Rede Globo,  querido  por  inúmeros atores  e fans,  faleceu na noite deste domingo (28), após dar entrada no fina da tarde   no  hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Após uma parada cardíaca em decorrência de um aneurisma dissecante da aorta completa. De acordo com  equipe  médica,  "apesar de todos os esforços, não foi possível reverter o quadro."

Fico  pensando  mais  uma  vez  o quanto  vida é mesmo um breve instante, Jorge Fernando, profissional, ser humano  dotado de uma energia e alegria contagiantes nos deixou. Tanta inteligência e criatividade e num estalar de dedos: eis que o artista, o ser humano não está mais entre nós. Muito estranho compreender a morte. Mas mais difícil ainda compreender algumas pessoas que morrem em vida. Morrem em passar seus dias sem dar amor, sem agradecer, sem sorrir. Morre em vida com acúmulo de raiva, rancor, com a inércia. Se as pessoas tivessem consciência de "finitude" neste plano, com certeza se dedicariam a serem, humanos melhores , a cada dia, a cada minuto. Não há tempo a perder, a vida é mesmo um breve instante. Por isso vamos deixar marcas de amor verdadeiro, de dedicação, de alegria , vamos lançar sementes que possam dar ao mundo continuidade de nós.

7 de setembro de 2019

Os sonhos e a passagem do tempo


Da  esquerda para  direita Eu (7) Jota (3) Meu  pai  (34)   Pri (5)



Quando  eu  era  pequena e sonhava com o  futuro, o  meu maior   sonho   era poder  ficar mais  tempo  com  meu  pai. Ele  tinha  um  trabalho  incomum para  a compreensão de uma  criança  pequena,  era  aviador e  por  sua  rotina de trabalho  tinha que   viajar por  vários  dias e minha  saudade, sempre  era  grande.

Diferente de tudo  que  eu  podia  observar  ao  meu  redor  do  alto  dos meus  seis  anos  de idade,  meu  pai  não saia  de casa  as  sete  da manhã  para  retornar  as  sete  da  noite. E isso  me  angustiava, Por  conta  de sua profissão  ele precisava demorar muito mais pra  voltar pra casa. Seu retorno era  depois de   dois, três  ou até quatro  dias ,  e para  mim em  minha “pequenice” era “muito grande” a  ausência,  e assim  comecei  a  sonhar: sonhar com  o  dia  em que  ele parasse de trabalhar e  eu  pudesse passar mais  tempo  com  ele. Seria   o dia  de sua aposentadoria.

Lembro -me  que nessa época,  ao  deitar na  cama  todas  as noites  eu  me pegava  fazendo cálculos complexos  para  aquela  minha  pouca  idade:  contava  nos  dedinhos  das  mãos quantos  anos  faltariam para  meu  pai  se aposentar.  Na minha  cabecinha  de criança,  assim que  ele  estivesse  liberto  de  sua  obrigação   diária  de trabalhar e  não existissem  mais   as  viagens o  meu sonho  estaria  realizado: mais  tempo com  ele!

Desenho  feito  por  mim com  6  anos  referente as reservas

Algumas  vezes fazia parte da rotina  dele  fazer  um  plantão na  empresa,  que  era  chamado  de "reserva" ,  ele saia  de casa  ia para   o  trabalho  e á  ficava algumas horas  ,  para  saber se iria  ou  não voar. E  advinha  claro , qual  era minha  expectativa? Que  ele  não  viajasse,  ficava  torcendo, como alguém que  torce hoje  pra  ganhar  na  Mega  Sena.

Eu me  lembro  claramente dele  vestindo  o  uniforme (o herói com a roupa)  e eu  ficava contemplando aquela  beleza e imponência toda. Ia até  o  portão dizer  tchau  e meus  pequenos  olhos  o acompanhavam até que ele virasse a esquina. E então  eu  pensava,  que pena ele  se foi!

Nessa  época eu com  6  anos de idade ,  calculava que meu  pai  estaria  aposentado quando  eu tivesse  15 anos.
Ótimo ,  pensava eu em  minha ingênua cabecinha: para mim estava  tudo  resolvido afinal, nem faltava tanto tempo  assim. Seriam  somente mais  8 anos e pronto.  E  assim eu  seguia  em  minha  expectativa  irreal  sobre  o  tempo. Sem  dimensão  de  longe,  ou de breve. Afinal a partir  de meus  15  anos  eu  teria com  ele,  o  meu  tempão  exclusivo, que  sempre  sonhei. Chegaria um dia  ,  o  grande  dia, o dia  em que o sonho  seria  realidade,  o almejado tempo   que eu  queria a mais  com ele, finalmente  se  realizaria  e assim  eu  me sentiria  completa  e  feliz .

O  tempo  passou,  a criança cresceu,  meu  pai se aposentou, os meus 15  anos  chegaram, mas  e o  tempo? E meu  tempo  com  ele  que  tanto  esperei?
Ah o  tempo...  o  tempo não  vi  passar, estava  ocupada  sendo  adolescente, pensando  no  futuro,  escolhendo  minha  profissão,  brincando com os  amigos, ansiosa  com  o primeiro  beijo, sofrendo  com  o  primeiro  amor, buscando  o  meu primeiro  emprego, complexada  com  o tamanho  do  meu  nariz, ou com  minha  magreza muito  peculiar na época. Eram tantas  supostas  preocupações  que  nem  vi  o  tempo passar. Mas afinal  eu não  tinha  com o que  me  preocupar  ,  o  meu pai estava lá e haja o que  houvesse  ele  estaria  lá.

O tempo  passou  mais  um  pouco  e  chegou  minha  faculdade ,  os  estudos, as festas, os  amigos , a  espera do grande amor,   os  anseios. Depois a faculdade terminou  e após  os  estudos  resolvi tentar  ganhar  meu  espaço  no mundo,  no  meu  mundo.  Saí  de casa  numa  busca  sem  fim  pela  realização  profissional,  mas  sempre  soube que eu podia  voltar, se tudo  desse  errado,  meu pai estaria lá.

Mas e o  tempo? O tempo a mais  que  eu queria  ter com  meu pai? E o tempo que eu tanto questionava e ansiava ?  E o tempo  que passou  e nem vi? Onde eu estava?  Parece que eu estava  o tempo  todo  ocupada  e não conseguia  sentir que aqueles anos que eu queria tanto a  mais  exclusivamente com  o  meu  pai nem  tinham sido  vividos. Mas  ele estava lá.


Da  esquerda para  direita minha  mãe ,  eu, pai ,  Lara Jota  e Pri

Os  pais  são  nossos  heróis e heróis  por pré suposto devem,  ou  pelo  menos  deveriam  ser  imortais, mas diferente  das  telas de cinema,  na  vida real a qualquer  momento  podemos  perdê-los  e  a  fragilidade da  vida com  o passar dos  anos  começou a me  assustar.

De repente, hoje com  43  anos, caio  em  mim que  aquela minha criança interna, ainda quer aquele  tempo  a mais  com  o pai, ainda  quer  mais  tempo  com  ele , mas  agora  não  podemos  mais esperar.

Agora madura  descubro que só  temos  o  hoje, com  40  anos  nada  é para  depois,  só  existe  o  agora  e aí  descubro que aquele  tempo  a  mais  com  ele,  tenho que  viver agora. Há poucos  dias  meu  pai  com  então  71  anos,  passou  por uma  cirurgia cardíaca, extremamente arriscada  por  sua  complexidade, (troca  da válvula Aórtica)  e  por sua  idade correu  alto  risco de  vida. Foram  dias  difíceis,  quem  me  conhece sabe o quanto isso  me abalou e me tirou   do eixo. Internamente eu  questionava o tempo  todo: Será  que  meu  tempo  com  ele  vai acabar? Não ,  não  pode acabar  ainda  não  passei  ao lado dele  todo  o  tempo  que  eu  gostaria.

Meu  filho  Davi  4  anos  com  o vovô



O  universo meu  ouviu  e  me  deu  mais  um tempo  pra  ser vivido  juntinho  dele e  hoje em especial, ele  teve  alta do hospital Incor,  em  São Paulo e  graças  a Deus, segundo  o  médico, tendo  uma  recuperação impressionante  e “melhor que a encomenda”. Agora   o máximo  que  eu  puder e o  máximo  que  o  universo  me  der aproveitarei  com  ele cada  novo  “ hoje  deste novo  tempo”! 
E  ainda  assim eu sei que  sempre  vou querer  mais. Todos  nós  queremos,  todas as nossas  crianças  internas desejam  do  fundo  de  seus  corações que  seus  pais  sejam  fisicamente eternos, afinal super  heróis são  imortais.


Mas o que eu queria  dizer   com  isso  tudo?  Queria dizer que  só  temos  o  hoje, por  isso não  viva você somente  em seus  planos  e  sonhos ,  não  espere  o  tempo  ideal chegar  para  usufruir daquilo como qual você sonha,  faça  seu  tempo,  viva  seu  hoje! Aproveite o  seu  agora, o agora  existe  uma  vez  só  e ele  não volta. Corra  e realize  aquelas  pequenas  vontades  com  quem  você  ama: uma  pescaria ,  um pique  nique,  muitos  beijos, abraços, risadas, comidas, cheiros,  sabores, pois  é  isso   que  ficará  em sua  memória.  E quando realmente  não  houver  mais  tempo será  a magia  desses  momentos   que sempre  irão permanecer e aquecer seu coração.

O  tempo  passa rápido  demais  e  não  podemos  viver esperando por algo. Temos  que  esperar, “apenas  no  breve intervalo do enquanto estamos  vivendo!”.





27 de dezembro de 2018

Saudades de mim mesma



Um pedacinho de mim que estava adormecido por 6 anos, a escritora, a jornalista se reencontra consigo mesma, as palavras ecoam e voltam como se nunca tivessem partido.
Espero que gostem.


E de repente, não mais  que de repente, já  são  meia noite.
E de repente, não mais que de repente, já são 43.
E de repente, não mais que de repente,  o  tempo  passou, a vida  aconteceu, a sobrinha cresceu, o amor surgiu , o  filho nasceu.
E de repente,  não mais que de repente,  a jornalista se foi , a confeiteira  surgiu , as  certezas  se  foram, as dúvidas  voltaram.
As palavras  ficaram entubadas, sem tempo para  sair e percorrer  os caminhos  que  conheciam.
De repente, não mais que de repente, percebo que a correria nunca  terá fim, que aquele  tempinho que  esperamos chegar  um dia,  dia  este em que será nele  que  voltaremos a  nos reconhecer ,  nunca chegará.
De repente não mais que de repente a  vida   te  chama de volta, ela  te obriga á olhar para  você mesma de novo, ela te lembra que o tempo está passando  vorazmente e que agora, não adianta mais  correr.
E de repente, não mais que de repente, ela te lembra que é preciso saborear, estar ali presente , parar  de pensar no futuro pois  ele já  chegou, ou nunca chegará.
E de repente, não mais que de repente, a vida te mostra que  ainda estar  nela é  um presente , mas  também é  um desafio.
E  de repente,  não mais que de repente, ela te mostra que tudo que  você foi ontem , de alguma forma, ainda  está em  você , ainda  que  oculto  ou em silêncio, esperando uma oportunidade para voltar,
E de repente, não mais que de repente a vida te mostra  que a sua essência nunca  morre, apenas  fica ali naquele cantinho,  te esperando clamar por ela, ou sentir falta dela.
E de repente,  não mais que de repente , num breve instante me dou conta:
Ah que  saudades  de mim mesma.
E de repente, não mais que de repente, decido dar um comando:
Voltei  estou aqui !



Uma reflexão para o Ano Novo

Por   Bert Hellinger

Ex padre ,  atualmente psicoterapeuta e escritor.  Hoje com 93 anos,  conhecido mundialmente pela criação do método de psicoterapia  de  "Constelação Familiar”

"A vida decepciona-o pra você parar de viver com ilusões e ver a realidade.
A vida destrói todo o supérfluo até que reste somente o importante.
A vida não te deixa em paz, para que deixe de culpar-se e aceite tudo como "É".
A vida vai retirar o que você tem, até você parar de reclamar e começar agradecer.
A vida envia pessoas conflitantes para te curar, pra você deixar de olhar para fora e começar a refletir o que você é por dentro.
A vida permite que você caia de novo e de novo, até que você decida aprender a lição.
A vida lhe tira do caminho e lhe apresenta encruzilhadas, até que você pare de querer controlar tudo e flua como um rio.
A vida coloca seus inimigos na estrada, até que você pare de "reagir".
A vida te assusta e assustará quantas vezes for necessário, até que você perca o medo e recupere sua fé.
A vida tira o seu amor verdadeiro, ele não concede ou permite, até que você pare de tentar comprá-lo.
A vida lhe distancia das pessoas que você ama, até entender que não somos esse corpo, mas a alma que ele contém.
A vida ri de você muitas e muitas vezes, até você parar de levar tudo tão a sério e rir de si mesmo.
A vida quebra você em tantas partes quantas forem necessárias para a luz penetrar em ti.
A vida confronta você com rebeldes, até que você pare de tentar controlar.
A vida repete a mesma mensagem, se for preciso com gritos e tapas, até você finalmente ouvir.
A vida envia raios e tempestades, para acordá-lo.
A vida o humilha e por vezes o derrota de novo e de novo até que você decida deixar seu EGO morrer.
A vida lhe nega bens e grandeza até que pare de querer bens e grandeza e comece a servir.
A vida corta suas asas e poda suas raízes, até que não precise de asas nem raízes, mas apenas desapareça nas formas e seu ser voe.
A vida lhe nega milagres, até que entenda que tudo é um milagre.
A vida encurta seu tempo, para você se apressar em aprender a viver.
A vida te ridiculariza até você se tornar nada, ninguém, para então tornar-se tudo.
A vida não te dá o que você quer, mas o que você precisa para evoluir.
A vida te machuca e te atormenta até que você solte seus caprichos e birras e aprecie a respiração.
A vida te esconde tesouros até que você aprenda a sair para a vida e buscá-los.
A vida te nega Deus, até você vê-lo em todos e em tudo.
A vida te acorda, te poda, te quebra, te desaponta... Mas creia, isso é para que seu melhor se manifeste... até que só o AMOR permaneça em ti"

30 de setembro de 2012

Um retrato de humor

Para aquela que sempre foi alegre, desbocada, sarcástica eu achei essa charge uma graça acho que ela iria rolar de rir. Parabéns  a autora da charge, achei inteligente e  com uma dose de Bom humor com carinho: 


Hebe Camargo acabou de partir e ja deixou saudades







Um dos sorrisos mais famosos e largos do Brasil nos deixa a amiga, querida, alegre, talentosa, corajosa, guerreira, espirituosa, amorosa, cidadã, sarcástica, verdadeira. A estrela: cantora, atriz e apresentadora Hebe Camargo deixa de brilhar por aqui e passa a brilhar no céu.


Um dos maiores ícones da história da televisão brasileira, que se mistura com a própria história nacional da TV. Referência de talento há seis décadas, 60 anos de carreira 83 anos de idade.


Uma daquelas pessoas queridas que pensamos em nosso íntimo  ser nosso patrimônio histórico e que achamos que viverá para sempre.

Desbocada, alto astral, irreverente, cômica deve estar fazendo festa lá no céu e reencontrando pessoas queridas.



Não tem como eu pensar em Hebe Camargo sem associar a uma pessoa muito querida da minha vida que também já partiu desse mundo: Minha avó Laurinete. Durante minha infância acompanhei a admiração da minha querida e amada vó Lauri! Era assim que eu a chamava pela estrela Hebe.
Quando eu era criança eu não entendia bem a admiração da minha vó  por ela, mas respeitava o seu gosto e  depois de tanto assistir passei a gostar, achava muito gostoso aquele programa com uma apresentadora alegre, espalhafatosa, super arrumada com brilhos,  espontânea que dava  beijinhos nos seu entrevistados, que reunia um monte de gente bonita em seu programa e falava sem parar.


Certa mesmo estava a vó Lauri, sobre sua admiração para com a Hebe, e  ao  longo dos anos fui percebendo  isso percebendo que esta mulher tão admirada pela minha avó era mesmo o máximo.

E nas tristes coincidências da vida perdi minha amada e querida avó quando eu tinha 15 anos , há 21 ano atrás com diagnóstico de câncer no estômago, apesar de não ter falecido exatamente pelo câncer sabemos que a parada cardíaca de Hebe foi decorrência das debilidades causadas pela doença nos últimos 3 anos. 

Depois que minha vó partiu deixe de assistir  a Hebe, mesmo com toda a alegria inata da apresentadora o programa me  despertava a saudade da vó querida, saudade do cheiro de café, do arroz doce, da carne de panela, do jeito exagerado e espalhafatoso da vó Lauri, hoje percebo claramente que ela tinha muito em comum com a Hebe, talvez por isso, a admirasse tanto, por perceber qualidades em comum  com a estrela, por se espelhar na guerreira de sua geração para a batalha da vida.

21 anos depois a vó Lauri ainda está aqui no meu coração de uma maneira tão viva, que até assusta as vezes, tem dias que penso no que ela diria quando algumas coisas acontecem na minha vida, as vezes sinto o cheiro do seu café, ouço sua risada, escuto ela pedindo silêncio ou pedindo pra mudar de canal que ia começar seu programa preferido. 

O tempo passou e ainda assim as vezes fecho os olhos e fico tentando imaginar de novo o sabor do  arroz doce da minha vó , o cheiro do seu perfume ou a força do seu abraço. Hoje com a partida da Hebe penso até no que ela diria sobre isso: sua atriz preferida deixando essa Terra.

Acho que se as pessoas ficam descansando no céu e encontram e reencontram umas com as outras , dá até  pra imaginar a certa alegria que a chegada da Hebe  causaria na vó Lauri: a Hebe querida agora está mais perto de novo, também está no céu. Elas sorriem.

E aqui na Terra, nós choramos nossas perdas e lamentamos nossas saudades, mas como disse Antonio Fagundes, hoje no Faustão: 

“ Não podemos deixar que nosso egoísmo queira deixá-la por mais tempo por aqui, pois   ela estava sofrendo. E o que podemos dizer? Obrigada pelo tempo que esteve com agente.”

É claro que eu queria minha avó Lauri aqui até hoje e a Hebe também, para sempre,  mas ela estava sofrendo, então Deus a chamou pra descansar e agora anos depois, a  Hebe também. Que seus sorrisos estejam iluminando o céu, pois suas presenças estarão sempre em nosso coração. O tempo não apaga o amor, nem as boas lembranças.


15 de setembro de 2012

Frase da Semana



"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores."
Cora Coralina

A contagem do tempo



Dia, semana, meses, anos. O tempo transcorre nesta cronologia. E a gente precisa saber que dentro de cada espaço deste, temos ainda: uma emoção pra sentir, um trabalho para realizar, uma luta pra vencer, uma viagem para acontecer, um amor para chegar e um sonho para realizar. Ainda há muito a se fazer. "
Ita Portugal


Parei hoje para marcar o tempo e vi que o tempo passou... De quebra são seis meses que eu não passo por aqui pelo meu espaço preferido. Meu espaço adorável de linhas e palavras que expressam um pouco do que sinto, do que sou, de como vejo o mundo. Esse mundo que está tão veloz que quase não conseguimos acompar sua pressa e  eu diria que  é tudo um piscar de olhos.

Pisacamos nossos olhos e lá está um novo dia, piscamos novamente eis uma nova semana, um novo mês , um novo ano... e vejo muita gente por ai ligado (a) no piloto aumtomático. Eu diria que são robozinhos da vida e não a vida em si. Pessoas consumidas por seus trabalhos, por suas tarefas, seus afazeres  ou sofrimentos diários e lá  perdem os seus dias.

Acredito que o verdadeiro significado da vida seja dar amor: Dias vividos sem dar amor são dias sem vida. Quando paramos pra olhar para trás em nossa história de vida, devemos refletir: O quanto doei de amor? 

Ser amoroso deixa marcar positivas por onde quer que passe, uma palavra, um sorriso, um gesto de carinho e atenção com que está num momento de dor, um incentivo, um abraço, um beijo, a preocupação com os outros, em tudo isso está embutido o amor, e assim com ele a vida fica mais colorida, mais leve ela ganha um sentido, você se sente forte, grande e feliz.

Tenho pena das pessoas que são pobres de amor, que gastam seu tempo focadas em somente "ostentar bens materiais" ou em "cuidar da vida dos outros" no mal sentido. Com a falta de amor o ser humano padece e a lei da vida é dar para receber, quem não dá amor provavelmente não terá, pois o que lançamos no universo volta para nós invariavelmente. Mas o que o tempo tem haver com isso?

A velocidade do tempo não nos sufoca quando temos o coração preenchido de amor, com ele temos a certeza de estar sendo o melhor que podemos ser. E ao ser assim, quando olhamos pra trás não lamentamos mais a passagem rápida do tempo, pois temos assim a certeza que todo nosso tempo foi usado para bons propósitos. 

O tempo passa... O amor permanece!

 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; (...)
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
1 Coríntios 13:1-13
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
1 Coríntios 13:1

27 de janeiro de 2012

Re-Apaixonar-se

As crianças são apaixonadas pela vida



Atire a primeira pedra quem nunca esteve apaixonado? Quando estamos apaixonados aumenta a  adrenalina no organismo, você se sente mais forte, mais encorajado, mas disposto a correr riscos, ousar! Você passa a fazer coisas que antes lhe pareciam cansativas e  quando está apaixonado (a) nem se quer nota que está fazendo, você literalmente , não vê o tempo passar.

A vida tem mais graça, a pele tem mais brilho, você vê graça no sol, nos passáros, na chuva e em tudo mais. Não é a toa que os antigos diziam quando olhavam para  alguém neste estado de graça: - Viu passarinho verde?

E é delicioso vivenciar este estado de êxtase... em que tudo ganha sentido e um motivo maior, um colorido mais vivo.
Deveria existir vidros de paixão na farmácia, pra vender sem contra-indicação e sem efeito colateral. Quem conseguisse inventar essa fórmula ficaria rico. Porque por hora o grande mal da paixão é que paixão acaba, mas por que algo tão bom de repente se evapora? Se esvai como fumaça no vento?

Não sei a explicação científica para o fim da paixão, mas o que sei é que o se humano está sempre em busca do novo e do desafio e nos apaixonamos não somente por pessoas e na verdade é sobre essa paixão pela vida que venho falar aqui.

Sempre que começamos algo novo que desejamos muito nos apaixonamos ; nos apaixonamos por novo  trabalho, uma amizade, um artesanato, um hobby, uma nova profissão... seja o que for, quando começamos algo novo ou obtemos algo muito desejado  nos sentimos impelidos por esta paixão e parece que tudo anda melhor assim.


"Os olhos gostam de ver o belo e nunca os horrores"

Em algum lugar na adolescência li essa frase e ela ficou marcada acho que é bem por ai. Gostamos de ver o belo e nessa busca da beleza nos apaixonamos por aquilo tudo que nos parece perfeito, ideal e assim neste estado de graça caminhamos apaixonados pela vida , por tudo que ja citei ou até mesmo pelo marido, esposa, namorado... até que um dia de repente aquilo tudo não tem mais tanta graça assim, Por que?

O fato é que não há vida plena. Filmes de Hollywood a parte, a vida real é cheia de percalços, as pessoas são repletas de defeitos e o dia a dia nos reserva inúmeros obstáculos e muitas vezes quando se depara com estes desafios "da não perfeição", o ser humano se Des-Apaixona, como que num passe de mágica. E são nessas dificuldades que existem para serem transpostas e superadas em que a maioria das pessoas se DesApaixonam, desanimam, deixam de lado o seu querer, afinal , aquilo não era tão bom quanto se imaginava! Será que não? 

Tudo que assuminos na vida, novas profissões, novos amores, novos amigos, novos projetos, cada uma dessas coisas contém defeitos e em tempos de vida perfeita pregada pela mídia nos sentimos impelidos a deixar de lado tudo aquilo que não é "tão simples assim".

Vale a pena refletir que não somente a beleza está nos olhos de quem vê, mas a paixão também,  por isso Re-Apaixonem-se quantas vezes forem necessárias, por você mesma, pela vida e por todo o kit de desafios que ela lhe traz todos os dias   ao amanhecer e perceba que ainda assim, vale a pena estar em êxtase, vale a pena se encantar com tudo isso e lutar. Vale a pena não somente se apaixonar, mas se Re-Apaixonar quantas vezes forem necessárias.



23 de dezembro de 2011

Saudades do Cartão de Natal




Há poucos dias do Natal sinto saudades da época em que recebíamos em casa enviados pelo correio por alguém querido, os amorosos cartões de Natal!

Lembro-me  que eu corria eufórica olhar no chão da garagem ou rente ao portão pra ver se o carteiro tinha  entregado alguma coisa. E sempre tinha um cartão de Natal pra mim, aliás, chegavam vários cartões de amigos diversos, com os quais eu havia convivido o ano todo, outros não e aquilo pra mim era uma alegria muito grande.

Em minha adolescência ainda não existia internet, muito menos celulares disponíveis pra qualquer pessoa, menos ainda pra uma adolescente, então o famoso torpedo ou SMS  que hoje é um vício e uma mania mundial, era algo inimaginável.

Sempre gostei muito de escrever então eu mantinha o hábito de enviar cartas para as pessoas que  eram queridas pra mim, para contar como eu estava, para expressar minha saudade. 

Cartas recheadas de carinhos, com recortes e figuras para ilustrar minhas emoções e por muitas vezes enviava algumas fotografias junto... Sim fotografias,  aquelas tiradas na máquina com filme de 12, 24, ou 36 poses, que eram mandados para  revelar e enquanto se aguardava alguns dias a revelação, uma ansiedade pairava pensando: será que as fotos ficaram boas?
E sse não tivessem ficado? Ai teríamos que tirar  de novo e esperar tudo de novo. Mas isso era muito gostoso e em meio ao espírito natalino senti saudades desta época, da máquina não digital, do não celular e da não internet, em que os contatos humanos mais profundos eram mais valorizados.

Não sou antiga, mas posso dizer que sou a moda antiga! Sou de um tempo em que as pessoas costumavam amorosamente te visitar nos fins de semana, ou apareciam na sua casa para um café no fim da tarde, sou de um tempo em que as pessoas telefonavam na sua casa para saber como você estava, de um tempo em que  se escreviam cartas e em  que enviavam-se cartões de Natal  pelos correios. Cartões de Natal escolhidos a dedo para todas pessoas queridas mesmo as da mesma cidade. Sou de um tempo em que no dia do seu aniversário, as pessoas se davam ao trabalho de lhe telefonar, para lhe dizer o quanto você era importante para elas e declararem o seu amor e carinho  por você.

Hoje as manifestações de felicitações sejam elas de qualquer origem (aniversário, formatura, casamento , nascimento, etc) são dadas por SMS,  ou então um simples recadinho no Facebook já diz tudo. Diz?

O contato real foi substituído pelo virtual, as pessoas alegam o tempo todo não terem “tempo” e ser ele o culpado da ausência de um telefonema ou de um abraço. Agora até o Feliz Natal é por aqui palavras condensadas a meras “redes sociais”.

O mundo está moderno todo mundo diz! E eu digo: Que bom adoro modernidade! Mas quer saber?
Que saudades do velho e belo cartão de Natal!